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Biografia de Horten Werneck

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Olá

Um olhar singular sobre a arte contemporânea internacional.

Horten Werneck é um nome que ecoa no cenário da arte contemporânea internacional. Sua obra, marcada por uma estética singular e uma profunda sensibilidade, nos convida a uma imersão em um universo visual único, onde a tradição e a inovação se encontram. Inserido no contexto da arte contemporânea internacional, Horten Werneck desenvolve uma obra que dialoga com as grandes questões de nosso tempo. Sua produção artística, marcada por um engajamento social e uma linguagem visual rica e complexa, reflete as transformações sociais e culturais pelas quais o mundo passa. Prepare-se para uma jornada fascinante pelo universo artístico de Horten Werneck.

Vamos explorar alguns aspectos dessa transformação:

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Um olhar singular sobre a arte contemporânea internacional

Horten Werneck é um nome que ecoa no cenário da arte contemporânea internacional. Sua obra, marcada por uma estética singular e uma profunda sensibilidade, nos convida a uma imersão em um universo visual único, onde a tradição e a inovação se encontram. Inserido no contexto da arte contemporânea internacional, Horten Werneck desenvolve uma obra que dialoga com as grandes questões de nosso tempo. Sua produção artística, marcada por um engajamento social e uma linguagem visual rica e complexa, reflete as transformações sociais e culturais pelas quais o mundo passa. Prepare-se para uma jornada fascinante pelo universo artístico de Horten Werneck.

Nascido em 1961, Horten Werneck trilhou uma trajetória artística marcada pela experimentação e pela busca incessante por novas formas de expressão. Sua obra, rica em simbolismo e emoção, reflete um olhar crítico e sensível sobre a realidade que o cerca.

Com uma formação sólida nas artes visuais e uma vivência intensa no universo artístico, Werneck desenvolveu um estilo único, caracterizado por cores vibrantes, formas expressivas e uma profunda conexão com a natureza e a cultura popular. Suas obras, que transitam entre a pintura, a escultura e a instalação, convidam o espectador a uma imersão profunda em seu universo particular.

 

Uma Jornada Artística Contínua

A minha linguagem artística foi moldada não apenas pelas minhas próprias experiências, mas também pela influência indelével de mestres como Volpi, Modigliani e Picasso. Esta base erudita se manifestou nas primeiras séries significativas, como o 'Galo', que se tornou um estudo aprofundado sobre a forma e o movimento, explorando a rica simbologia desse animal em diferentes culturas. Em contraste, a série 'Conivência' mergulhou em temas sociais mais complexos, como o uso de drogas e as convenções da sociedade.

A criação artística é, acima de tudo, um processo contínuo de aprendizado e descoberta. A cada nova série, eu me desafio a explorar técnicas e materiais, buscando sempre expandir meus horizontes. A série 'Mão e Terra', por exemplo, é um reflexo direto da minha crescente conexão com a natureza e com a ancestralidade. Os anos 80, com sua efervescência cultural, marcaram um período crucial, onde a exposição das minhas obras em espaços como shoppings e hotéis (a Eldorado foi uma parceira importante) permitiu aproximar a arte do público em geral.

A aposentadoria, por sua vez, me permitiu dedicar-me integralmente à minha arte, intensificando a profundidade temática. A série 'Holocausto Tributo' é um exemplo disso, uma homenagem às vítimas que me tocou profundamente. Através da arte, busco não apenas expressar minhas emoções, mas também provocar reflexões e debates sobre temas relevantes. Minha vida e minha arte estão intrinsecamente ligadas, o que se reflete em tributos como a série 'Mulher com lata d'água na cabeça', inspirada na força e resiliência feminina do campo, e a série 'Na roça', que celebra a beleza e a simplicidade da vida rural.

A arte é a minha linguagem universal. Através dela, consigo expressar o que as palavras não alcançam e busco conectar-me com o público, despertando emoções. A aquisição de minhas obras por colecionadores de diversas nacionalidades é um sinal de que minha arte está transcendendo fronteiras e culturas. É uma jornada contínua de descoberta e autoconhecimento, que agora me conduz a um novo território: o da abstração digital. A busca pela essência do Galo, iniciada no figurativo, exige uma nova precisão, um novo rigor. É tempo de desmaterializar a forma para encontrar a verdade da Série DSG.

Memórias e Emoções de uma Infância

Minha sala de aula favorita era um refúgio aconchegante, onde a luz do sol se filtrava pelas cortinas, criando um ambiente acolhedor. Era ali que eu me sentava em minha carteira de madeira, pronto para mergulhar no mundo da imaginação durante as aulas de arte. Com pincéis em mãos e tintas vibrantes, eu dava vida a desenhos coloridos que me transportavam para outros mundos.

Nos recreios, a alegria contagiante dos meus colegas ecoava pelos corredores. Brincávamos de esconde-esconde, pular corda, e construíamos castelos de areia na caixa de areia. A doçura de um bolo caseiro, recompensa de uma boa atividade, completava a minha felicidade. Aqueles momentos simples e alegres, permeados pelos aromas do jardim e pelos sons da natureza, moldaram a pessoa que sou hoje.

Com o tempo, a vida me levou por outros caminhos, mas as lembranças daquela época seguem vivas em meu coração. A biblioteca, o pátio, a igreja e a sala de aula foram os cenários de uma infância feliz e repleta de aprendizado. A paixão pela arte, despertada nas aulas da professora, me acompanha até hoje. E a fé, cultivada nos momentos de oração, me guia em todas as minhas jornadas.

Aquele menino que sonhava em ser padre e artista carrega consigo a essência da criança que encontrava alegria nas coisas simples da vida. As cores vibrantes das pinturas, a paz da natureza, a beleza da música e a força da fé moldaram a pessoa que sou. E, por mais que o tempo passe, a criança que habita em mim continua a explorar o mundo com a mesma curiosidade e entusiasmo de outrora.

A paixão pela arte me levou a ingressar na renomada Escola de Belas Artes de São Paulo, nos anos 80. A proximidade com o Liceu de Artes e Ofícios, onde o célebre escultor Brecheret havia deixado sua marca, despertava em mim uma profunda admiração pelos mestres da arte brasileira. A convivência com outros artistas e a rica coleção da Pinacoteca do Estado, localizada no mesmo prédio, proporcionaram um ambiente criativo e estimulante, consolidando minha decisão de seguir a carreira artística.

Emoção de Infância - Transformando sensações em palavras

O branco e piano se fixam na memória. O branco da minha camisa, impecável como um papel em branco, contrastava com a elegância do piano negro que ecoava melodias suaves pela sala de aula. Tentava imitar as notas com os dedos, sonhando em compor minhas próprias músicas.

A brilhantina e perfume daquele tempo carregam um brilho particular. A brilhantina no cabelo, cintilando sob a luz fraca, me fazia sentir como um príncipe encantado. O aroma suave das flores silvestres, presente no perfume da professora, me transportava para um jardim encantado.

Nos desenhos e aprovação, eu encontrava um mundo. Com lápis de cor em mãos, eu me perdia em um universo de formas e cores. Cada traço era um universo a ser explorado. A busca pela aprovação da professora era um incentivo a ir além, a experimentar novas técnicas e a expressar meus sentimentos no papel.

E, por fim, a liberdade e alegria indomáveis. Correr pelos corredores da escola, sentindo o vento nos cabelos, era como voar. A alegria contagiante dos meus colegas e a sensação de liberdade me faziam esquecer de tudo ao meu redor.

 

Explorando as Emoções

A segurança era um sentimento constante. A presença dos adultos, especialmente da professora, proporcionava uma sensação de acolhimento. Eu sabia que podia contar com eles para tudo, o que me dava a base para explorar o desconhecido.

A curiosidade se manifestava em cada detalhe. A cada dia, algo novo me chamava a atenção: um inseto que pousava na janela, uma nuvem que se transformava em um animal fantástico, uma palavra nova que eu aprendia. Essa curiosidade era a minha maior companheira, impulsionando a busca por significado.

E, por fim, os sonhos. Sonhava em ser um grande artista, capaz de emocionar o mundo com minhas obras. A escola era o meu palco, e cada desenho era uma apresentação para o meu público imaginário. Ali, a arte começava a se delinear como meu refúgio e minha vocação.

A Arte de Transformar - Um Artista em Constante Transformação

Lembro-me daquela tarde de 1992, na sala de reuniões do SEBRAE-SP, fervilhando de ideias. A proposta de criar um centro de artes visuais para pequenas e médias empresas era audaciosa, mas a necessidade era latente. Aquele foi o pontapé inicial para uma jornada que me transformaria não apenas como profissional, mas como pessoa.

O CAV (Centro de Artes Visuais) era mais do que um projeto, era um sonho. Ver pequenas empresas ganharem vida visual, com logotipos e materiais gráficos que refletiam sua essência, era gratificante. A cada nova parceria, a cada novo desafio, eu me sentia mais conectado ao mundo empresarial e mais apaixonado pela arte.

A transição para o ensino foi um novo capítulo nessa jornada. A sala de aula se tornou meu palco, e os alunos, meus cocriadores. Compartilhar o conhecimento e ver a chama da criatividade se acender nos olhos deles foi uma experiência única. A série "Conivência" foi um grito interior, um reflexo do que eu via ao meu redor. A exposição, patrocinada pela APM-SBC, foi um marco em minha carreira, mas, acima de tudo, um momento de catarse.

A mudança para o campo foi como um renascimento. A natureza, com suas cores vibrantes e sua energia vital, me inspirou a criar obras mais leves e intuitivas. A cada pincelada, eu me sentia mais conectado à minha essência, mais próximo daquilo que eu realmente sou.

Hoje, olhando para trás, vejo uma trajetória marcada pela busca constante por novos desafios e pela paixão pela arte. O CAV, o ensino e a criação artística são as três pernas que sustentam minha vida. Cada experiência, cada desafio, moldou quem eu sou hoje.

A arte é mais do que uma profissão, é uma forma de vida. É através dela que eu expresso minhas emoções, meus sonhos e minhas inquietações. É através dela que eu me conecto com o mundo e com as pessoas. E é através dela que eu espero deixar minha marca, inspirando outros a seguirem seus próprios caminhos e a acreditarem em seus sonhos.

Acredito que a vida é uma obra de arte em constante construção. A cada dia, adicionamos novas cores, novas texturas, novas formas. E, assim como um artista, devemos estar sempre dispostos a experimentar, a inovar e a nos reinventar. A jornada continua, e eu estou ansioso para ver quais novas aventuras a vida me reserva.

O Desaparecimento e a Revelação - O Mistério do Desaparecimento

Na manhã de um dia qualquer, algo extraordinário aconteceu: todos os quadros em exibição sumiram. A notícia se espalhou rapidamente pelo meio artístico e pela imprensa. A polícia foi acionada, e uma investigação minuciosa foi iniciada. Diversas hipóteses foram levantadas: roubo, sabotagem, até mesmo uma brincadeira de mau gosto, mas nenhuma pista concreta foi encontrada. O mistério permaneceu por semanas, o que gerou especulações e alimentou a curiosidade do público.

A Revelação Devastadora

A investigação policial, após semanas de buscas e interrogatórios, revelou um desfecho inesperado e doloroso. A autora do furto não era um ladrão profissional, mas sim alguém muito próximo: minha primeira esposa. Com uma astúcia surpreendente, ela havia forjado uma autorização em meu nome, enganando o administrador da galeria e levando consigo as obras que eu tanto havia trabalhado.

A descoberta foi um golpe devastador. A perda dos quadros representou muito mais do que um prejuízo material. Aquelas obras carregavam parte da minha alma, eram frutos de noites mal dormidas e de longas jornadas no ateliê. A traição da pessoa que um dia me amou me fez questionar a natureza das relações humanas e a fragilidade da confiança.

A experiência, embora dolorosa, me proporcionou um novo olhar sobre a arte. A criação, antes vista como um ato solitário e introspectivo, passou a ser compreendida como uma forma de comunicação e de conexão com o mundo. A arte, para mim, tornou-se um refúgio, um lugar onde eu poderia expressar minhas emoções mais profundas e encontrar um sentido para a vida.

Um Refúgio Criativo no Campo

A rotina agitada da cidade, com seus ruídos e poluição, começou a pesar sobre nós. Em busca de paz e inspiração, decidimos nos mudar para uma pequena casa no campo. Cercados pela natureza exuberante, encontramos o refúgio perfeito para criar e para viver. A mudança representou um retorno a uma essência mais calma, espelhando a busca por uma linguagem mais pura na arte.

O ateliê, agora com vista para um jardim florido, se tornou o meu santuário. As cores vibrantes das flores, a melodia dos pássaros e a brisa suave que acariciava meu rosto me inspiraram a criar obras mais leves e vibrantes. A natureza, em sua infinita beleza, se tornou a minha musa inspiradora, oferecendo uma paleta e uma serenidade que a vida urbana havia suprimido.

Essa nova conexão não ficou apenas na contemplação. Comecei a explorar novas técnicas e materiais, utilizando elementos encontrados na natureza em minhas obras. As folhas secas, as pedras, a madeira e a terra se transformaram em telas e esculturas únicas. Essa imersão na natureza me proporcionou uma sensação profunda de paz e bem-estar que se refletia diretamente em minhas criações, fechando o ciclo entre vida, ambiente e arte.

HORTEN WERNECK
art and thoory

55 11 93261-3245

© horten werneck 2023

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